Da reportagem do TUDORONDONIA Porto Velho, Rondônia - Diferente do que informa a empresa Camargo Corrêa, o clima ainda é tenso no canteiro de obras da Usina Hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira, a 100 Km de Porto Velho. Na manhã desta quinta-feira, centenas de funcionários se aglomeravam na entrada da usina, enquanto no canteiro permaneciam apenas os que estão alojados. Surgiu a informação de que novos protestos poderiam ocorrer.
Na terça-feira, cerca de trezentos trabalhadores atearam fogo em 45 ônibus e queimaram também várias instalações da usina. O estopim do protesto foi a troca de agressões entre um operário e um motorista de ônibus, mas o clima de insatisfação dos trabalhadores é antigo. A empresa é acusada de cortar horas extras e não dar condições decentes de trabalho.
Cerca de trinta pessoas foram ouvidas pela polícia no inquérito que investiga o quebra-quebra em Jirau. Pelo menos 18 mil pessoas trabalham em Jirau atualmente. Há notícias de que, durante o tumulto, houve roubos de pertences pessoais nos alojamentos.
PROVEITO POLÍTICO
O governador Confúcio Moura (PMDB), considerado fraco, vacilante e sem iniciativa, tentou tirar proveito do episódio, querendo mostrar firmeza, e postou em seu blog que a polícia agiu com rigor para conter os protestos, o que é desmentido por pessoas que testemunharam o caso e relataram que a PM chegou ao canteiro horas depois e evitou entrar ,temendo os manifestantes. As imagens do conflito também desmentem o governador. Mostram um teatro de guerra, como dezenas de veículos e instalações incinerados.
O secretário de Segurança Pública de Rondônia, Marcelo Bessa, segundo o site G1, falou em apelar para a Força Nacional de Segurança.
Fotos: Mique Pinto / Rondoniaovivo
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