O comissário europeu para a Energia, Gunther Oettinger, disse nesta terça-feira (15) em uma audição no parlamento europeu, em Bruxelas, que a situação na usina nuclear de Fukushima, no Japão, é "apocalíptica".
"Falamos de um apocalipse e a palavra é bem escolhida. Na prática, a situação está fora de controle" afirmou Oettinger no Parlamento Europeu, em Bruxelas.
Na manhã desta terça-feira (horário local, noite de segunda-feira no Brasil) uma explosão na área do reator 2 e um incêndio na do reator 4 da usina aumentaram o temor de uma catástrofe nuclear na região se o superaquecimento da usina não for contido e ocorrer vazamento de elementos radioativos para o meio ambiente.
Japão proibe voos
As autoridades japonesas proibiram voos sobre a área onde está localizada a usina de Fukushima. De acordo com a Agência Kyodo, a radiação está em nível 33 vezes superior ao permitido em Utsunomiya, capital da província de Tochigi, zona norte de Tóquio.
Os níveis de radiação em Kanagawa, ao sul de Utsunomiya, eram, por sua vez, nove vezes superior ao recomendado. O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, disse que os níveis de radiação aumentaram significativamente depois da explosão em Fukushima, onde quatro dos reatores da central nuclear já sofreram problemas.
O porta-voz do governo do Japão, Yukio Edano, ressaltou que o nível da radiação chegou a ser 100 vezes superior ao limite no reator 4, enquanto no reator 3 os níveis eram 400 vezes superiores. Segundo ele, se forem mantidos os níveis de radiação, eles podem ser prejudiciais à saúde humana. Apenas 50, dos 800 funcionários da Central de Fukushima, permanecem no complexo.
A Tokyo Electric Power (Tepco), que gere a central, não exclui fusões dos núcleos dos reatores 1, 2 e 3, mas garante que o reator 4 não estava em funcionamento por ocasião do incêndio que afetou o edifício na manhã (hora local) desta terça.
ONU monitora usina
A ONU declarou que está monitorando a dispersão do material radioativo libertado para a atmosfera pela central nuclear por meio da Organização Metereológica Mundial (OMM).
Michel Jarraud, diretor da OMM, disse que a ação é acompanhada pelos centros regionais da agência no Japão, China e Rússia.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, OMS, a exposição a altos níveis de radioactividade ameaça a saúde pública. As autoridades japonesas informaram que 23 pessoas estão sendo descontaminadas, após 150 moradores da área monitorados pelas autoridades japonesas. A evacuação dentro dos 20 km da região continua.
AIEA minimiza
Yukiya Amano, diretor geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) das Nações Unidas, informou nesta terça-feira que o reator 2 da usina nuclear de Fukushima pode ter sofrido danos moderados em consequência do terremoto da última sexta-feira, no Japão.
Segundo Amano, os danos são estimados em 5%. Ele afirmou que a crise na central nuclear japonesa é preocupante, ao mesmo tempo que comparava com a tragédia de Chernobil (1986), ressaltando as diferenças entre os dois desastres.
Com agências
Na manhã desta terça-feira (horário local, noite de segunda-feira no Brasil) uma explosão na área do reator 2 e um incêndio na do reator 4 da usina aumentaram o temor de uma catástrofe nuclear na região se o superaquecimento da usina não for contido e ocorrer vazamento de elementos radioativos para o meio ambiente.
Japão proibe voos
As autoridades japonesas proibiram voos sobre a área onde está localizada a usina de Fukushima. De acordo com a Agência Kyodo, a radiação está em nível 33 vezes superior ao permitido em Utsunomiya, capital da província de Tochigi, zona norte de Tóquio.
Os níveis de radiação em Kanagawa, ao sul de Utsunomiya, eram, por sua vez, nove vezes superior ao recomendado. O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, disse que os níveis de radiação aumentaram significativamente depois da explosão em Fukushima, onde quatro dos reatores da central nuclear já sofreram problemas.
O porta-voz do governo do Japão, Yukio Edano, ressaltou que o nível da radiação chegou a ser 100 vezes superior ao limite no reator 4, enquanto no reator 3 os níveis eram 400 vezes superiores. Segundo ele, se forem mantidos os níveis de radiação, eles podem ser prejudiciais à saúde humana. Apenas 50, dos 800 funcionários da Central de Fukushima, permanecem no complexo.
A Tokyo Electric Power (Tepco), que gere a central, não exclui fusões dos núcleos dos reatores 1, 2 e 3, mas garante que o reator 4 não estava em funcionamento por ocasião do incêndio que afetou o edifício na manhã (hora local) desta terça.
ONU monitora usina
A ONU declarou que está monitorando a dispersão do material radioativo libertado para a atmosfera pela central nuclear por meio da Organização Metereológica Mundial (OMM).
Michel Jarraud, diretor da OMM, disse que a ação é acompanhada pelos centros regionais da agência no Japão, China e Rússia.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, OMS, a exposição a altos níveis de radioactividade ameaça a saúde pública. As autoridades japonesas informaram que 23 pessoas estão sendo descontaminadas, após 150 moradores da área monitorados pelas autoridades japonesas. A evacuação dentro dos 20 km da região continua.
AIEA minimiza
Yukiya Amano, diretor geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) das Nações Unidas, informou nesta terça-feira que o reator 2 da usina nuclear de Fukushima pode ter sofrido danos moderados em consequência do terremoto da última sexta-feira, no Japão.
Segundo Amano, os danos são estimados em 5%. Ele afirmou que a crise na central nuclear japonesa é preocupante, ao mesmo tempo que comparava com a tragédia de Chernobil (1986), ressaltando as diferenças entre os dois desastres.
Com agências
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